7 Capitulo 29

-Pai, mãe tenho uma coisa para falar com senhores. –Disse assim que terminamos de jantar.

-Pode falar filha. –Minha mãe disse.

-Então .. –Disse com receio. – Eu recebi uma proposta de emprego.

-Nossa que bom filha. –Meu pai disse. – Sobre o que filha.

-Trabalhar em um grande hospital ...

-Onde? –Mamãe perguntou.

-É .. esse é o problema.

-Problema em trabalhar? –Meu pai perguntou.

-Não é bem isso, e sim onde é ...

-Onde?

-No Brasil. –Meu pai engasgou com a agua que bebia.

-No Brasil? Tá louca? –Meu pai alterou.

-Não, não estou. –Disse.

-Você não vai. –Meu pai disse.

-Eu nem aceitei ainda. –Disse já nervosa.

-Mesmo que tivesse aceitado, não vai.

-Acho que eu que tenho que resolver isso.

-Não, você não vai resolver nada, já está resolvido e é não.

-Calma. –Minha mãe disse, meus olhos já estavam marejados.

-Eu vou sim. –Enfrentei meu pai.

-Vai pro Brasil pra sofrer?

-Não, será que um dia da minha vida eu vou poder resolver minhas coisas.

-Você já fez muita burrada.

-Tá falando do Luan?

-Tô sim, agora tá ai com um menino pra criar sem pai.

-PARA. –Gritei chorando. – Eu não me arrependo de ter tido o Bruno hora nenhuma.

-Você é quem vai sofrer as conseguencias disso mesmo, faz o que quiser. –Bateu na mesa e saiu.

-Por que ele tem que ser assim? –Perguntei pra minha mãe.

-Desculpa. –Beijou minha testa e foi atrás do meu pai. Eu iria sim aceitar esse emprego, iria falar com a Lala pra ela me ajudar já que ela estava morando em SP. Fui para o quarto, entrei no chuveiro deixando a agua cair pelo meu corpo junto com as lagrimas que descia. Logo terminei , me troquei e fui ligar para Lala.

-Amigaaaaaaaaa. –Ela gritou.

-Calma, oi pra você também. –Ri.

-Saudadeeeeeeeees.

-Também. –Ri – Preciso falar com você, é tipo URGENTE

-Fale gata.

-Vou mudar de Londres.

-Oi? –Disse assustada.

-Isso mesmo, vou pra São Paulo.

-São paulo? Mentira. Como?

-De avião. –Ri.

-Você entendeu sua vaca. –Rimos.

-Recebi uma proposta de emprego no Hospital de Sampa.

-Mentiraaaaaa. –Gritou.

-Preciso da sua ajuda.

-Fale, fale.

-Meu pai não aceitou. –Disse triste.

-Já esperava.

-Preciso de um lugar pra ficar com o Bruno por um tempo.

-Aqui no apê.

-Não quero dar trabalho.

-Trabalho nenhum, a menina que dividia comigo voltou pra cidade dela.

-Mentira. –Disse. –Fecho?

-Fechado claro.

-Vou dormir agora, fica com Deus. Te amo. –Nós despedimos, fui ate o quarto do Bruno, dormia feito um anjo, passei a mão na sua cabecinha e sussurrei ´´ Nova vida ´´ Sai e fechei a porta e fui tentar dormir, dormi em meio as lagrimas.

-

Uma semana depois.

-Amigaaaaaaaaaaaaaaaaaa. –Lala saiu correndo e gritando no meio do aero de SP.

-Que saudade. –Disse a-abraçando. Tinha fechado contrato com o Hospital a uma semana, tinha acabado de chegar no Brasil com Bruno. Meu pai depois de dois dias veio falar comigo, pediu desculpas e disse que estaria do meu lado para sempre.

-Saudades do meu pegueno principe. –Rimos. –Vamos?

-Sim, tô cansada.

-Bora. –Pegamos o carrinho com as malas e fomos, chegamos no apê, era grande e bemorganizado. Lala mostrou meu quarto e disse que o do Bruno era o de lado, ela já tinha comprado tudo para um quarto de bebe, eu mandei o dinheiro e ela ficou responsavel por isso, sabia que ela tinha bom gosto.

-Tô morta. –Disse me jogando no sofá.

-Bruno tá a cara do Luan, olha o nariz, boca.

-Verdade. –Ri. – Muito a cara dele.

-Se ele ver ele, vai perceber. –Ela disse.

-Vai não, Luan e desligado demais.

-Tem isso.

-Vou colocar as malas no quarto, me mostra? –Levei todas as malas para o quarto onde iria ficar. Bruno estava cansado devido a viajem, dei um banho nele, dei peito e coloquei pra dormir. Tomei banho jantei com Lala e depois fui dormir, amanhã teria que ir no hospital.